UM BEBÊ CHEGOU! E O PAI, O QUE PODE FAZER?

A gravidez é uma situação em que o casal compartilha as novidades que estão acontecendo no corpo da mulher e, ao mesmo tempo, planejam e fazem coisas juntos, preparando a chegada do bebê. Nessa fase, ainda que o bebê exista e possa ser sentido na barriga da mãe ou visto na ultrassonografia, ainda é um “convidado que não chegou”. Com a chegada do bebê, o que eram duas pessoas, se tornam três e a relação, subitamente, sofre uma enorme mudança. A mãe o bebê estabelecem um vínculo fortíssimo, que só tende a crescer com o amamentar e o cuidar. As atenções, pensamentos e preocupações da mãe parecem ser exclusivamente voltados para o seu bebê. Nada mais natural, a fêmea cuidando da sua cria. No entanto, para o pai, este é um momento estranho. Ele  não consegue entender direito qual o papel dele. A sua mulher não lhe dá  mais a mesma atenção e o bebê ainda não o reconhece. Fica o pai ali, meio perdido, sem saber o que fazer, nem como ajudar.

1- Compreenda que este é um momento fundamental para a saúde e bem estar do seu bebê. Por isso, não só aceite, como incentive esse cuidar que a mãe tem pelo filho.

2- Não se sinta excluído, nem procure competir com o seu bebê, pela atenção da sua mulher. Você tem um papel fundamental neste momento que é o de proteger mãe e filho das ameaças externas.

3- As ameaças externas não são mais tigres nem leões da floresta! Hoje, essas ameaças são a quantidade de informação e, pior, informação errada, que bombardeia a mãe, gerando insegurança. Seu primeiro papel é, portanto, de protetor, como se dissesse para sua mulher: “cuida bem do bebê que eu estou cuidando para que nada os atrapalhe”. Se uma avó ou vizinha começa a inventar muita história e deixar sua mulher insegura, é hora de limitar visitas e tranquilizar a mãe.

4-Troque as fraldas do seu bebê. Um ótimo momento para você ficar perto, tocar, sorrir, falar e, ao mesmo tempo, ajudar a mãe a descansar um pouco.

5- Ajude nas tarefas da casa, para que a mãe possa estar mais descansada para cuidar do bebê. Coisas que você não fazia habitualmente, podem ser de grande ajuda. Como, por exemplo, arrumar a casa, varrer, fazer as compras, cozinhar, lavar pratos e roupas. Enfim, tudo que puder deixar a sua mulher mais tranqüila e descansada será uma belíssima forma de você estar participando do crescimento e desenvolvimento saudável do seu bebê.

6- Acompanhe sua mulher e o bebê às consultas com o pediatra ou às vacinas no posto de saúde. Você provavelmente estará mais calmo e poderá ouvir o que o médico ou enfermeira tem a dizer. Assim, mais tarde, poderá repetir o que ouviu, ajudando a mãe a ficar mais tranqüila ou orientando-a a fazer como foi sugerido.

7- Na hora da mamada, verifique se a mãe está confortável. Veja se está com sede (por causa de um hormônio que é liberado durante a mamada, muitas mulheres sentem sede nessa hora) e ofereça água. Garanta que o ambiente esteja tranqüilo e convide as visitas ou irmãos a se afastarem, deixando a mãe o bebê bem calminhos.

8- Ajude a mãe na hora de colocar o bebê para arrotar. Você pode fazer isso.

9- Converse com a sua mulher sobre suas preocupações, dúvidas e aflições. Ouça com calma e carinho e ajude-a a se sentir segura. Lembre-se que as mães sabem o que deve ser feito. Muitas vezes elas não acreditam nisso. Sua função é, também, lembrá-las dessa capacidade que toda mulher tem.

10- Se o seu bebê começar a chorar muito, de forma inconsolável, não entre em pânico. Sua mulher já vai estar assustada e você precisa ter um pouco de controle. Depois de verificar se o bebê não está com fome, frio, calor ou algum desconforto, pegue-o no seu colo, muito calmamente e o abrace com firmeza. Às vezes os bebês precisam sentir que estão amparados. Tenha paciência e aguarde um pouco. Não tente abraçar por 30 segundos, balançar por mais 30 segundos, colocar no berço 30 segundos, colocar no carrinho 30 segundos. Abrace com firmeza por uns 5 minutos. Geralmente funciona.

11- Sempre que puder, converse com o seu bebê. Sorria, faça caretas, fique próximo. Apesar da relação com a mãe ser a mais forte, neste momento, sua presença, seu toque físico (experimente a delícia que é colocar o seu bebê, só de fraldas, deitado sobre o seu peito), são muito importantes também

12- Seja extremamente paciente com a sua mulher. Nos primeiros dois meses de vida do bebê, ele pode estar “uma pilha” de nervos, cheia de preocupações e medo. Cabe a você, nesta etapa, ser mais paciente e tolerante.

13- aproveite cada momento dessa fase. Passa muito rápido e é uma experiência única na vida de um homem. Não espere seu bebê crescer para curti-lo.

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